Porcos! Atracaram-se aos reais Corvos,
Ganhando o seu titulo de Burgueses, nomeado
Em pérolas, pelo serviço prestado na limpeza
Das ossadas que inundavam o reino.
Ah! Nada mais bestial que ver o triunfo dos porcos,
Pavoneando-se por entre o monstruoso povo,
Levando o Império a afundar-se ainda mais na
Epidemia asquerosa de tenebrosidade e assombro.
Lá em cima, empoleirados, riem os soberanos corvos,
Olhando de esguelha para os seus burgos palhaços,
Que chafurdam e roncam louvores em jóias enlameadas.
Ah! O hediondo cheiro do caos, em gases que
Drogam e carregam o ar, enevoando a balbúrdia,
E por onde se perde a escassa e mortiça luz da Lua.