Tenho, como objectivo final da causa defendida,
A tentativa (quase certeira de falhanço)
De conseguir agarrar a felicidade por instantes,
E deixar-lhe a marca da minha existência.
Faltam-me porém, os motivos que normalmente
Exaltam febrilmente a alma do homem, e o
Impulsionam para a frente. Chamam-lhe força
Ou vontade, mas não a conheço nem a vejo.
Então, embalo-me nas cantigas do tédio e do
Desassossego e deixo-me andar moribundo,
Pelas entranhas inúteis da sobrevivência.
Calha-me a sorte de saber os horizontes,
Solta-se o infortúnio de não possuir o meu corpo
E mata-me o conhecer o fracasso da minha missão.