E um café marcado com um argumento, “Não sem te ter à minha frente e dizer-te tudo na cara”.
Então os dois encontram-se em local neutro, ele chega primeiro e o outro, o que tem tudo entalado, deixa-o esperar, numa inversão de papéis.
Então aproxima-se, com o rei na barriga e começa a guerra, o sentado é o que leva e o outro de pé é o que descarrega. Não tem confiança para guerrear sentados, com gestos e palavras baixas e sentidas. Disparam ali, com alguma distância, para não correr risco de ricochetes, nem de balas perdidas.
Tanto erro apontado, tanta decepção dada, tanto argumento gasto e finalmente se senta o rei (porque o outro deu-se como vencido) descansado.
Pedem café, um copo de água, e ele um adoçante que é mais chique.
No fim tudo passou, ficou passado, e para o futuro apenas a moral de tudo isto.
Mentir é feio.